sexta-feira, 22 de junho de 2012

Honrar Pai e Mãe - um relato

por Michele Sampaio


Esta noite me coloquei a pensar em uma serie de fatos, que me levaram a concluir o quanto é importante ter alguém pra intervir por você e em suas escolhas. Me refiro nesse caso - principalmente - na fase adolescente e jovem e falo abertamente porque já fui adolescente e jovem,e nessa fase não temos nada na cabeça: não pensamos nas consequências das nossas escolhas! Graças a Deus eu falo pra vocês que eu tive Pai e Mãe e graças a eles eu deixei de cometer inúmeros erros que hoje poderiam ter me levado a ruínas. E digo mais: se minha mãe não tivesse intervido em uma das minhas escolhas eu teria me ferrado,rsrsrsrrs.


Graças a ela ter me ensinado o que é certo e errado, hoje eu tenho uma familia linda,que amo demais! Talvez se minha mãe não tivesse interferido em alguma de minhas escolhas, não saberia onde eu estaria hoje... Pensei muito sobre isso porque eu fico olhando tantos adolescentes e jovens hoje: sem rumo,
sem nenhuma perspectiva de vida,sem planos para o futuro,desgovernados e sem nenhuma orientação.


Outro dia em um ônibus eu pude ter o desprazer de escutar um grupo de adolescentes "de familia" e alguns até mesmo frequentadores de igreja
falando mal de pai e mãe,falando mal das preocupações que as mães têm quando eles saem de casa, além de outras coisas. Deveriam agradecer a Deus por ter alguem por eles...


Isso me deixou triste, porque eu tenho uma filha crescendo e não quero que ela faça o mesmo que esses meninos e meninas estavam fazendo, só lamentei por eles porque não sabem nada da vida,só saberão quando tiverem minha idade.


Hoje com 30 anos só tenho a agradecer a Deus por ter me dado pai e mãe pra cuidar de mim, agradeço a eles por hoje ter feito as escolhas certas, e agradeço a Deus mais ainda por eles me alugarem tanto para voltar pra igreja
porque ja imaginou se eles não fizessem isso por mim hoje?Ai sim eu estaria totalmente abandonada! Se não fossem eles a falar todos os dias,"volta pra igreja", eu não teria mais ninguem que falasse isso pra mim!!rsrsrsrs


Bom eu falaria muito mais aqui sobre honrar pai e mãe,para que se prolonguem seus dias na terra, mas se eu escrever mais ninguem vai ter paciencia pra ler...kkkkkkkkkkkkkkkkkk 


Viu Adolescentes e jovens? Como diz a irmã Zuleide (kkkkkkkkkkkkkkkkkk):
"Dêem ouvidos aos seus pais,e se seus pais não intervem por vocês,só lamento....Lamento mesmooo!!!!!"

sexta-feira, 8 de junho de 2012

A Necessidade de Resgatar as Famílias!

Por Shimada Coelho


"Muita gente 'está junto' e consegue ser ausente... Nem sempre 'estar junto' é estar no mesmo lugar!"




Certo dia em uma das conversas filosóficas matutinas com meu marido ele me disse:
"- Vejo tanta bandeira tremulando por ai... Contra o racismo, contra a homofobia, contra os maus tratos aos animais, contra o desmatamento... Alguém poderia erguer uma bandeira onde estivesse escrito 'SALVE A FAMÍLIA'!" Pensando bem, se a família fosse salva, haveriam as outras bandeiras?


Todos da minha geração aprenderam ainda no primário que a família é a base da sociedade. E observando atentamente o estado em que se encontra nossa sociedade podemos dizer então que sua base - a família - anda tão desestruturada quanto.


A sociedade é um conjunto de famílias e a situação da maioria delas irá refletir na sociedade. E qual a base da família? Dois indivíduos! Se a família não vai bem os dois indivíduos também não estão bem e seu estado irá se refletir na família!


Quando digo 'dois indivíduos' não falo necessariamente de duas pessoas debaixo do mesmo teto com uma vida em comum. Um casal são duas pessoas que decidiram ter vida em comum... Até ai é apenas um casal! Passa a ser família quando surgem os filhos! Então, o núcleo da família não é apenas um casal: são pai e mãe! Ser pai e mãe é um compromisso com a própria prole... Ser marido e mulher é um compromisso entre dois indivíduos!


Portanto, uma família não é na maioria das vezes desestruturada quando há pais separados, e sim quando há pais que não assumem seu compromisso materno e paterno.


Já observei muitas famílias completamente desestruturadas e destruídas, tanto com pais vivendo uma vida em comum quanto com pais separados. Há famílias com ambos os pais em vida em comum que possuem a mesma atitude de pais separados... O mais prejudicial é o jogo feito entre eles usando os filhos! Disputam os filhos como se fossem bens materiais, por não serem capazes de controlar o próprio orgulho. Ou, disputam entre si quem é melhor do que o outro oprimindo os filhos e os colocando em uma posição difícil: a obrigação de ter que escolher entre um e outro! Pessoas realmente saudáveis e de bem consigo mesmas não fariam tal coisa... Porque pai é pai e mãe é mãe assim como a visão do homem quanto à realidade é diferente da visão da mulher. Filhos não existem sem os dois, independente dos métodos de concepção: todos têm pai e mãe, conhecendo-os ou não!


Tenho um bom exemplo a citar: muita gente se surpreende ao saber que meu filho mais velho não é filho legítimo de meu marido. Descobri que estava grávida pela primeira vez aos cinco meses de gestação... Cinco meses após romper definitivamente com o pai. Era um pretenso namoro que não prosseguiu porque meu pai não aprovou. E na descoberta da gravidez minha única atitude era assumir as conseqüências de meus atos! Afinal de contas, eu estava grávida, não estava praticando um crime! Quando meu filho nasceu, seu pai veio conhecê-lo e só de olhar para aquele rostinho rechonchudo se deu conta de que realmente estava ali diante de si seu filho!


A família dele exigia que nos casássemos, pois a criança precisava de uma família com pai e mãe. Mas ao passar do tempo, me dei conta de que sermos marido e mulher era bem diferente de sermos pai e mãe. Por outro lado, o pai era e é uma pessoa livre, com sua filosofia de vida já determinada. É alguém que dá muito valor ao seu direito de ir e vir, sem ter que sempre se justificar e dar satisfações quanto a isto. E eu admirava isso! É um modo de vida que muita gente quer, mas é necessário muito mais que vontade para viver assim! Decidimos assumir com todo nosso coração nosso filho, não um ao outro. E quando meu filho tinha seis meses, conheci aquele que hoje é meu marido.


Como tínhamos um filho em comum, comuniquei ao pai que estava me relacionando com alguém. A preocupação não era provocar um ao outro ou desferir alguma ‘vingança’ infantil... A preocupação era o quanto isso ia afetar negativa ou positivamente a vida de nosso filho.


Foi assim que meu filho cresceu, sem receber de seus pais e do padrasto explicações ou justificativas quanto o fato de ter 'dois pais' - o que lhe desperta orgulho até hoje! Meu marido - na época namorado - amou meu filho como se fosse dele: ensinou a andar, a sair das fraldas, a ir ao banheiro... O pai, sempre que desejava pegava o filho e o levava a passeios e viagens sem restrições, e isso também foi permitido a avó paterna.


Então um dia, minha mãe começou a insistir para que eu entrasse na justiça e determinasse pensão e datas de visitas. Eu não achava necessário já que o pai dava a mesada semanal e não somente se preocupava com dinheiro, mas também com roupas, brinquedos, sapatos, alimentação além de presença, amor e atenção... 


Mesmo com a insistência de minha mãe, neguei-me em fazer isso exatamente porque já havia feito a distinção entre marido e mulher e pai e mãe! Pai é pai e não queria nem pai e nem filho privados do desejo natural de estarem juntos, muito menos achava correto estipular a um pai algo que precisa estar dentro das possibilidades dele: um bom pai sempre fará tudo que estiver ao seu alcance e se precisar irá muito além!


Meu filho cresceu com dois pais que se tornaram amigos e também teve irmãos nascidos do casamento da mãe com o padrasto! O pai sempre que possível está presente nos eventos de nossa casa. Foram várias as vezes que pai e padrasto pegaram os filhos para ir ao estádio de futebol! O pai tem um enorme respeito e gratidão pelo padrasto por ter ajudado a criar o filho - várias foram às vezes que ele mencionou a paciência de meu marido, pois esse filho era bem hiperativo! E por causa disto, o pai tem o mesmo cuidado e tratamento com nossos filhos assim como meu marido até hoje dá ao nosso primogênito: os três se tornaram filhos com dois pais!


Nossa família é diferente, mas feliz! Nossos problemas de relacionamento nunca foram relevantes, pois o único interesse em comum são as crianças, o futuro e bem estar delas! Em nossa atmosfera familiar não há brigas, discussões, ofensas, agressões e nada que venha desestabilizar nossos laços! Meus filhos não brigam um com o outro e isso é reflexo dos pais que nunca brigaram ou tiveram algum tipo de desentendimento.


O que quero dizer com tudo isso é que é possível ter uma família feliz e em harmonia se o orgulho, o egoísmo e as questões de relacionamento entre casais forem menos relevantes e o foco sempre for à preservação da família! Não compartilho está minha realidade para me gabar, mas para provar que é possível no momento que nos propomos a tornar possível! Nenhuma família será perfeita e estará livre de algum problema porque isso reflete a imperfeição humana. Temos muitos problemas como todos têm, mas sempre vencemos todos eles porque somos realmente uma família e unida: um ampara e apóia o outro nos momentos de adversidade. Ser pai e mãe vai além de parir uma criança... Até mesmo na Natureza os animais possuem um período de acompanhamento e ensinamentos aos filhotes para que eles sigam no tempo certo seu ciclo. Ser pai e mãe é a maior de todas responsabilidades depois de receber Vida: pais são aqueles que formam os futuros cidadãos!


Já parou pra pensar que o amor e a atenção que você busca por ai é exatamente aquele que está ausente em sua família?


É importante e há urgência em que isto aconteça! Catharine, 14 anos foi encontrada depois de quatro dias desaparecida: fugiu de casa sem levar nada e havia se decidido a viver como moradora de rua. Rubens, 10 anos, tem pavor de escola: sofreu bullying na segunda série e hoje na quinta não consegue superar o trauma. Ruth, 10 anos, faz acompanhamento psiquiátrico para tratar TOC: ela evita ao máximo tomar banho porque quando o faz, não consegue parar de se esfregar - mesmo estando a pele em carne viva - por achar que nunca está limpa o suficiente. Raí, 11, acredita que tem um trabalho no ponto de tráfico: sua família vinda do norte passou tanta necessidade que o dinheiro fácil das drogas o atraiu. Nós e nossos filhos podemos ser vítimas não somente do mundo lá fora, também do próprio ambiente familiar.


Nossas crianças estão confusas e perdidas! Elas já não têm mais uma referência adulta porque os adultos parecem adolescentes e crianças! Elas estão se transformando no reflexo de pais perdidos na própria identidade! É preciso admitir de uma vez por todas que os indivíduos que vemos na sociedade são reflexos de seus próprios pais! Que famílias são reflexos de dois indivíduos! Que a sociedade é reflexo das famílias que a forma!


E com esta frase, você vai entender o texto inteiro: NOSSAS CRIANÇAS SÃO A BASE DE NOSSO FUTURO!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Espelho (esse seu eu tão semelhante ao meu)

Por Theresa Russo


(Para meu filho João e todos os filhos nossos)


Espelho (esse seu eu tão semelhante ao meu)

            Não sei ao certo se foi um falsete no riso ou um olhar de improviso, ou um sustenido na voz mutante, ou no olhar distante e errante balançando na rede azul com rosas brancas e varandas desarrumadas, bem no canto da sala, moldurada pela janela, aquela que retrata a vida ali envolvida que eu vi você. Surpresa e arrepiada, embevecida e enamorada, laçada, boquiaberta, dispersa, tão eu a lhe enxergar. Piscando, arrogante, intrigada, encasquetada como a nova fala do seu pensar. Eu me encontrava, me enternecia me renovava, naquela sala naquele jeito, no seu conceito, nas suas novas, no seu som, nos seus amigos, nas meninas do colégio, nos seus pelos, no nariz grego, em suas mãos, nos seus dedos, no meu olhar fluindo do seu olhar. Eu começava a rir e a sentir que acreditava na escala, no trampolim, na mira discreta das suas sobrancelhas, nas bobagens e nas asneiras que eu quis ouvir. E me arrastei ao canto bem perto da rede para sentir seu encanto, que coisa linda, no entanto a doçura do seu olhar! Meu filho João, quanta coisa linda guardada no seu eu lhe expressa agora e um alívio adentra-me e aninha-se num pacote de presente, a cura para o mais doente, o mais insano pretendente. Quase perfeito esse espelho entre nós dois e tanta coisa que fala tantos desejos e pretensões, sua vontade de migrar, feitio do replicador das nossas almas nômades, aproxima esse reflexo do meu eu assim a projetar o seu e, eu me regozijo por me conhecer louca e mansa a querer sonhar e sonhar e cultivar aquelas margaridas amarelas no jardim secreto dos nossos mais lindos sonhos. (Theresa Russo).


Seja bem vindo!


"- Mais um blog, Rita?" - alguém diria...  É... Mais um por causa da minha mania de organização! Se reflete também na internet! Cada blog é para um assunto em específico! Não gosto de misturar para que tudo seja devidamente processado, não só pelos possíveis leitores, mas pra mim mesma, já que o que escrevo serve primeiramente pra mim!


A primeira música que ouvi hoje foi Tim Maia - Azul da Cor do Mar. "Há se o mundo inteiro me pudesse ouvir... Tenho tanto pra contar, dizer que aprendi!". Aprendi tanta coisa e ainda estou aprendendo tanto!


Blog pessoal não é meu forte, então não pense que este irá tratar de minha vida pessoal como indivíduo, que eu irei postar fotos e histórias do meu dia- a- dia ou que este seja algum tipo de diário virtual... A intenção não é esta!


Hoje em dia vivo um dilema com meu filho mais novo que há quase três sofreu Bullying! O trauma que fica parece irreversível! Ajudá-lo neste momento me remete a própria infância onde - entre tantas situações sofridas - também sofri Bullying, mas na época o nome era racismo, preconceito e intolerância. Naquela época, o termo Bullying não existia, muito menos ajuda para algo do gênero.


Parece que era normal a rejeição pelo outro e as humilhações públicas devido a época que o nosso país vivia... Hoje em dia, estando o Brasil em acelerado desenvolvimento e com a informação disponível para quem quiser sob a proteção da 'Democracia' e 'Liberdade de Expressão', chega a ser inaceitável que alguém tolere ou se cale diante de qualquer tipo de agressão física ou psicológica.


É por isto que criei mais um blog! Vou compartilhar processos de superação de problemas emocionais e psicológicos como também os que ainda estão presentes, incluindo o Bullying.


Eu e meu marido na infância não tivemos nenhum suporte ou apoio para superar nenhum de nossos dilemas internos. Uns conseguimos resolver, outros conseguimos conseguimos conviver com eles... Não foi ajuda profissional que trouxe solução, muito menos nenhum ritual religioso, menos ainda a quantidade absurda de medicamentos para males que envolvem emoções e mente... A solução só veio eficaz quando mudamos nossa postura diante de nós mesmos e da própria vida!


O foco aqui será o universo interno do indivíduo e o externo dentro de sua atmosfera familiar e social - seja no trabalho quanto na escola. A população precisa de muita ajuda sim no que diz respeito a coletividade, ou seja, a sociedade em geral. Mas nenhuma destas soluções serão realmente eficientes se nosso intelecto e emocional não evoluírem juntamente. 


Nossa personalidade, nosso comportamento, nossas manias, nossos desejos, tudo é reflexo de algo interno. Conhecermos a nós mesmos é um ótimo caminho para nos redescobrirmos e encontrarmos com maior facilidade os meios necessários para vivermos em paz interior e assim sermos capazes de transpor qualquer obstáculo.